O Processo Terapêutico em Terapia do Esquema

Uma das principais dificuldades dos psicoterapeutas que iniciam seus estudos em Terapia do Esquema é: “como organizar todas as informações e aplicar elas na prática?”. Em outras palavras, como criar estratégias efetivas de tratamento, diante de todos os conceitos teóricos apresentados?

A Terapia do Esquema é uma psicoterapia baseada em evidência e considerada, por muitos autores, como um avanço das Terapias Cognitivas. Sua contribuição inestimável tanto traz luz ao tratamento de pacientes com transtornos de personalidade, como enfatiza a origem dos esquemas disfuncionais como papel central no surgimento de transtornos mentais.

Embora, inicialmente, a Terapia do Esquema tenha se desenvolvido como um conjunto de técnicas e conceitos para lidar com pacientes graves e com transtornos de personalidade, sua prática tem demonstrado elevado sucesso em problemas crônicos e resistentes a outras abordagens da Psicologia como: transtornos de humor, de ansiedade ou de personalidade.

Além disso, encontramos resultados efetivos em: grupos, atendimento de casal, infância e adolescência, procrastinação e pessoas que não conseguem falar facilmente sobre suas emoções/sentimentos e pensamentos. Assim, sempre que houver um bloqueio ou uma forte negação, esta abordagem será útil.

A Terapia do Esquema, embora apresente diferenças com a Terapia Cognitiva desenvolvida por Aaron Beck, acredita que o processo terapêutico deve ser pautado em uma boa avaliação clínica, integrando a história do paciente e seus problemas atuais. Algumas características em comum são:

– Suas sessões são organizadas e semi-estruturadas;

– O papel ativo do terapeuta na mudança do paciente;

– A psicoeducação é chave para a compreensão do funcionamento do paciente, aumentando significativamente a adesão ao processo terapêutico.

A avaliação de pacientes submetidos à Terapia do Esquema é estruturada e multifacetada. Vários passos devem ser seguidos neste processo. A compreensão desses passos, incluindo seu grau de complexidade e os elementos/estratégias que serão utilizados permite que a Terapia do Esquema seja praticada efetivamente na sessão com o paciente.

Neste curso, você irá aprender quais informações são necessárias para fazer uma efetiva avaliação de caso, quais técnicas utilizar no processo de avaliação, como usar e corrigir os Questionários de Young, a importância da relação terapêutica e quais habilidades são necessárias para o terapeuta e alguns recursos como “baralhos” para usar na psicoeducação em Terapia do Esquema.

EMENTA DO CURSO

1) Avaliação e conceitualização em Terapia do Esquema:

• Quais dados importantes devem ser coletados e avaliados?
• Como criar a conceitualização de caso em Terapia do Esquema?
• Quais técnicas são usadas para avaliação?

2) Instrumentos em Terapia do Esquema:

• Psicoeducação e aplicação dos questionários.
• Interpretação dos questionários.

3) Relação terapêutica:

• Reparentalização limitada.
• Esquemas e estilo de enfrentamento do Terapeuta (habilidades pessoais).
• “Armadilhas” na relação terapêutica.

4) Baralhos em Terapia do Esquema:

• Recursos diversos para auxiliar na psicoeducação.