Será que estamos testemunhando o nascimento da Psicologia da máquina?
Este é o título do artigo instigante da Revista Forbes sobre os rumos da terapia com o advento da Inteligência Artificial.
O artigo analisa o crescimento do uso de terapeutas virtuais baseados em inteligência artificial (IA) e suas implicações para a saúde mental. Pesquisas recentes indicam que até 32% das pessoas considerariam utilizar IA no lugar de um terapeuta humano, e estudos mostram que, com treinamento adequado, esses sistemas podem ter eficácia comparável ou até superior à de clínicos humanos.
Para compreender esse fenômeno, o texto destaca a entrevista com Deany Laliotis, fundadora e diretora do The Center for Excellence in EMDR Therapy, referência mundial no tratamento de traumas complexos de apego. Discípula direta de Francine Shapiro, criadora do EMDR, Laliotis oferece uma visão crítica e equilibrada sobre a integração da IA na terapia.
Ela aponta que, em uma cultura marcada pela falta de tempo e sobrecarga de profissionais, a paciência e disponibilidade das IAs são atrativas, especialmente para jovens acostumados a relacionamentos parasociais com influenciadores e plataformas digitais. No entanto, alerta para riscos, como a validação acrítica de crenças delirantes e a dificuldade de distinguir realidade de fantasia, sobretudo entre adolescentes.
Laliotis reconhece o potencial da IA no treinamento de terapeutas e em predições clínicas, como na detecção de risco de suicídio, mas reforça que não se deve substituir o elemento humano essencial da terapia. Sua análise sublinha a necessidade de uso responsável e ético da tecnologia, visando unir os avanços digitais à profundidade e empatia das conexões humanas.
Deany Laliotis é uma das colaboradoras do Instituto Espaço da Mente. Ela ofereceu uma master class sobre Trauma Complexo que pode ser acessada até 5 de outubro de 2025. Clique aqui para adquirir a master class com Deany La Liottis com tradução em português.
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